quarta-feira, 17 de junho de 2009
A ÁGUIA
A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie.
Chega a viver 70 anos.
Mas para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão.
Aos 40 anos ela está com:
- As unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar as suas presas das quais se alimenta.
- O bico alongado e pontiagudo se curva.
Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é tão difícil!
Então, a águia só tem duas alternativas:
Morrer ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias.
Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar.
Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo.
Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas.
Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas.
E só após cinco meses sai para o famoso vôo de renovação e para viver então mais 30 anos.
Fonte: Autor Desconhecido
Em vários momentos de nossa vida a mudança é necessária e para que isso aconteça temos que às vezes nos distanciar, com tudo ainda temos uma fonte inesgotável que é a presença no nosso bom Deus, que nos oriente e nos capacita para que essas mudanças possam acontecer conforme a sua vontade.
Que o exemplo da águia possa nos motivar e traduzir o quanto é valido e necessário as mudanças.
terça-feira, 16 de junho de 2009
o som é 10
E por falar de nossa ida ao BH. vamos pontuar esse trem (como diz a mineirada) que se chama som do céu. nota 10.
Por isso dez pontos para este encontro que é 10.
1- Um encontro com muita arte, música, gente séria e relevante.
2- E num acampamento maravilhoso!!!
3- A tenda de circo complementa a fantasia.
4- Tem o Marcelão.
5- Bar do som e o espaço arte céu.
6- Gente boa do Brasil afora. muitas amizades.
7- Debates, seminários e workshops.
8- Aristeu, Baixo e voz, Banda MPC,Carlinhos Veiga,Rubão e Crombie, Expresso luz e Logos, João Alexandre, jorge Camargo e Rehder, Nelson Bomilcar, Quarteto Vida,Sal da Terra,som da fé, stênio e silvestre,telo borges,vencedores, wesley e marlene,marotta,gólgota e zazo, Amart e josimar bianchi.
9- Plataforma e o catavento.
10- E os batuqueiros de plantão que se juntaram com o Amart.tem foto de vocês, grande alegria.
acho que ficou a desejar. em breve mais 10 pontos.
aceitamos sugestões é só falar.
Por hoje é só voumimbora.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
O que é bonito de ver.
Já dizem por aí que o que é bonito tem que ser mostrado. Por isso mostro um pouco do que vi ontem no teatro Santa Isabel. E fui sabendo que sairia contagiado pelo bom som e boa musica de Renata Rosa. Doido pra ver esse espetáculo de renata juntamente com o grupo francês Lo Còr de La Plana. O Show foi em comemoração ao ano da França no Brasil, uma verdadeira mistura da musica brasileira e francesa.Mistura de samba de coco, rojão de roça, ciranda, cavalo-marinho, canto à capela de Marselha, som de “bendirs” e “tamburello” e batidas de pés e mãos.
Não temos nada do show. Mas pra compartilhar segue uma sambada de coco de Renata pra se esbaldar.
Bom demais da conta.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
MCG e SEX DAY.
E segue dois encontros danados de bom, aproveite que é nesta sexta um e outro no sabado.
Na sexta- MCG ( musica, cultura e graça).A gente vai tá,com muito batuque e poesia.além do Robério com os causos ( vamo ver se postamos um aqui), Sergio boi e o cangaço da pós-modernidade. é festa com um povo danado de bom. e sempre que a gente pode marca presença.
12 de junho
LIZ EVENTOS, 20:00h
Traje sugerido: roupa de "matuto"
No sabado- SEX DAY. Um fórum sobre sexualidade onde serão discutidos vários temas. estivemos o ano passado no CENUC, organizado por eles e digo: vale a pena ir. pela transparência e seriedade com o trabalho que é feito nesta área por eles. coisa rara em nosso meio.
Palestrantes:
Andréia Vargas (Avalanche Missões Urbanas)
Guilherme Prado e João batista (Sexxx Church)
Será realizado no Dia 13 de Junho às 08 hs.
Local: Auditório do Colégio Americano Batista.
Rua Dom Bosco, 1308 - Boa Vista - Recife - PE
Valor: R$ 10,00
contato@arcabr.com
Inscrições começam dia 31 de Maio, no site www.arcabr.com ou no dia, pedimos que você de preferência a inscrição pelo site.
--
A.R.C.A - Associação de Rua e Cultura Alternativa.
Na sexta- MCG ( musica, cultura e graça).A gente vai tá,com muito batuque e poesia.além do Robério com os causos ( vamo ver se postamos um aqui), Sergio boi e o cangaço da pós-modernidade. é festa com um povo danado de bom. e sempre que a gente pode marca presença.
12 de junho
LIZ EVENTOS, 20:00h
Traje sugerido: roupa de "matuto"
No sabado- SEX DAY. Um fórum sobre sexualidade onde serão discutidos vários temas. estivemos o ano passado no CENUC, organizado por eles e digo: vale a pena ir. pela transparência e seriedade com o trabalho que é feito nesta área por eles. coisa rara em nosso meio.
Palestrantes:
Andréia Vargas (Avalanche Missões Urbanas)
Guilherme Prado e João batista (Sexxx Church)
Será realizado no Dia 13 de Junho às 08 hs.
Local: Auditório do Colégio Americano Batista.
Rua Dom Bosco, 1308 - Boa Vista - Recife - PE
Valor: R$ 10,00
contato@arcabr.com
Inscrições começam dia 31 de Maio, no site www.arcabr.com ou no dia, pedimos que você de preferência a inscrição pelo site.
--
A.R.C.A - Associação de Rua e Cultura Alternativa.
terça-feira, 9 de junho de 2009
BATUQUE em BH
Que beleza!!!
O batuque em BH até hoje deixou a gente de cabelo em pé. pois é! Deus faz destas coisas mesmo, ensina na pratica que o som é universal. e fala do seu nome sim, e pensavamos nós que deveriamos colocar em nossas rimas o nome de Jesus. não precisa não!!! o som dos tambores também fala por si só. que espanto!!! que nada. é poder do evangelho.
em segundo compartilhamos de gente, e aí vão os nomes:
O lucas e o gilmar logo no aeroporto.
Dirla e o rubão quando chegamos no acampamento MPC-macacos.
O adriano sete e meia, sotaque mineiro sô.
Jonathas foi logo no dia seguinte, gente boa camarada.
E o tiozinho que vendia picolé, ele curtiu o som logo de primeira.
As portas estandartes: isis e clarice,tudo isso no centrão e na savassi.
Sem falar no tiago e sua turma que conhecemos na savassi também, alvirrubro gente boa.
E o tio da barraca de lanche, valeu pelas palavras de ânimo.
Na pampulha com a galera MPC-BH.
Na terceira presbiteriana foi bom demais da conta, batucar na ceia!!! só vocês mesmo, abraço a todos daí.
Na igreja do marcelão foi único também, um abraço carinhoso de saudades a vocês daí.
UFMG conhecemos os alunos da clarice,com destaque ao papai noel que comprou um apito nosso e a irmã judia, obrigado pelas cartas pessoal, muito legal.
Nas escolas com a galera foi corrido, mas valeu. abraço as diretoras carinhosas e bem receptivas, coisas de mineiro mesmo.
No mercadão não rolou batuque, mas o lugar é de primeira...
E por falar em passeio vai aí uma homenagem a stênia, pela pizzada em sua casa, uma grande invasão amartiana... na próxima vai ser uma bela macarronada italiana. Deus te abençoe.
E por fim vai as fotos de um pouco disso tudo.
Fui.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
100 anos de patativa.
E hoje eu escrevo pouco. trago pronto uma homenagem a patativa em seu pleno centenário. Sua biografia com direito a poesia é claro!!!
E vamo que Vamo.
EU QUERO.
Quero um chefe brasileiro
Fiel, firme e justiceiro
Capaz de nos proteger
Que do campo até à rua
O povo todo possua
O direito de viver
Quero paz e liberdade
Sossego e fraternidade
Na nossa pátria natal
Desde a cidade ao deserto
Quero o operário liberto
Da exploração patronal
Quero ver do Sul ao Norte
O nosso caboclo forte
Trocar a casa de palha
Por confortável guarida
Quero a terra dividida
Para quem nela trabalha
Eu quero o agregado isento
Do terrível sofrimento
Do maldito cativeiro
Quero ver o meu país
Rico, ditoso e feliz
Livre do jugo estrangeiro
A bem do nosso progresso
Quero o apoio do Congresso
Sobre uma reforma agrária
Que venha por sua vez
Libertar o camponês
Da situação precária
Finalmemte, meus senhores,
Quero ouvir entre os primores
Debaixo do céu de anil
As mais sonoras notas
Dos cantos dos patriotas
Cantando a paz do Brasil
Poeta popular e cantador repentista de viola nordestino nascido em Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município e a três léguas da cidade de Assaré, no Sul do Ceará, um dos maiores poetas populares do Brasil, retratista do árido universo da caatinga nordestina cuja obra foi registrada em folhetos de cordel, discos e livros.
Foi o segundo filho do modesto casal de agricultores Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva. Perdeu a vista direita, no período da dentição (1913), em conseqüência de uma moléstia vulgarmente conhecida por Dor-d'olhos. Aos oito anos, ficou órfão de pai e teve que trabalhar ao lado de meu irmão mais velho, para sustentar os mais novos.
Aos doze anos, freqüentou durante quatro meses sua primeira e única escola, onde, sem interromper o trabalho de agricultor e quase como um autodidadata, aprendeu a ler e escrever e se tornou apaixonado pela poesia. De treze para quatorze anos começou a fazer seus primeiros versinhos que serviam de graça para os vizinhos e conhecidos, pois o sentido de tais versos eram brincadeiras de noite de São João, testamentos do Judas, gozação aos preguiçosos etc.
Com 16 anos de idade, comprou uma viola e começou a cantar de improviso. Aos 20 anos de idade viajou para o Pará em companhia de um parente José Alexandre Montoril, que lá morava, onde passou cinco meses fazendo grande sucesso como cantador. De volta ao Ceará, regressou à Serra de Santana, onde continuou na mesma vida de pobre agricultor e cantador.
Casou-se com uma parenta, D. Belinha, com quem se tornou pai de nove filhos. Sua projeção em todo o Brasil se iniciou a partir da gravação de Triste Partida (1964), toada de retirante de sua autoria gravada por Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Teve inúmeros folhetos de cordel e poemas publicados em revistas e jornais e publicou Inspiração Nordestina (1956), Cantos de Patativa (1966).
Figueiredo Filho publicou seus poemas comentados em Patativa do Assaré (1970). Gravou seu primeiro LP Poemas e Canções (1979) uma produção do cantor e compositor cearense Fagner. Apresentou-se com o cantor Fagner no Festival de Verão do Guarujá (1981), período em que gravou seu segundo LP A Terra é Naturá, lançado também pela CBS. A política também foi tema da obra e de sua vida. Durante o regime militar, ele condenava os militares e chegou a ser perseguido.
Participou da campanha das Diretas-Já (1984) e publicou o poema Inleição Direta 84. No Ceará, sempre apoiou o governo de Tasso Jereissati (PSDB), a quem chamava de amigo. Ao completar 85 anos foi homenageado com o LP Patativa do Assaré - 85 Anos de Poesia (1994), com participação das duplas de repentistas Ivanildo Vila Nova e Geraldo Amâncio e Otacílio Batista e Oliveira de Panelas. Tido como fenômeno da poesia popular nordestina, com sua versificação límpida sobre temas como o homem sertanejo e a luta pela vida, seus livros foram traduzidos em diversos idiomas e tornaram-se temas de estudo na Sorbonne, na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regência do Professor Raymond Cantel.
Contava com orgulho que desde que começou a trabalhar na agricultura, nunca passou um ano sem botar a sua roçazinha, a não ser no ano em que foi ao Pará. Quase sem audição e cego desde o final dos anos 90, o grande e modesto poeta brasileiro, com apenas um metro e meio de altura, morreu em sua casa, em Assaré, interior do Ceará, a 623 quilômetros da capital estadual Fortaleza, aos 93 anos, após falência múltipla dos órgãos em conseqüência de uma pneumonia dupla, além de uma infecção na vesícula e de problemas renais, e foi enterrado no cemitério São João Batista, na sua cidade natal.
Outros livros importantes de sua autoria foram Inspiração nordestina, Cantos de Patativa, Rio de Janeiro (1967), Cante lá que eu canto cá, Filosofia de um trovador nordestino, Editora Vozes, Petrópolis (1978), Ispinho e Fulô, SCD, Fortaleza (1988) e Balceiro, SCD, Fortaleza (1991), Aqui tem coisa, Multigraf/ Editora, Secretaria da Cultura e Desporto do Estado do Ceará, Fortaleza (1994) e Cordéis, URCA, Universidade Regional do Cariri, Juazeiro do Norte. Sobre ele foram produzidos os filmes Patativa de Assaré, Um poeta camponês, curta-metragem documentário, Fortaleza, Brasil (1979) e Patativa do Assaré, Um poeta do povo, curta-metragem documentário, Fortaleza, Brasil (1984).
Poeta popular e cantador repentista de viola nordestino nascido em Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município e a três léguas da cidade de Assaré, no Sul do Ceará, um dos maiores poetas populares do Brasil, retratista do árido universo da caatinga nordestina cuja obra foi registrada em folhetos de cordel, discos e livros.
Foi o segundo filho do modesto casal de agricultores Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva. Perdeu a vista direita, no período da dentição (1913), em conseqüência de uma moléstia vulgarmente conhecida por Dor-d'olhos. Aos oito anos, ficou órfão de pai e teve que trabalhar ao lado de meu irmão mais velho, para sustentar os mais novos.
Aos doze anos, freqüentou durante quatro meses sua primeira e única escola, onde, sem interromper o trabalho de agricultor e quase como um autodidadata, aprendeu a ler e escrever e se tornou apaixonado pela poesia. De treze para quatorze anos começou a fazer seus primeiros versinhos que serviam de graça para os vizinhos e conhecidos, pois o sentido de tais versos eram brincadeiras de noite de São João, testamentos do Judas, gozação aos preguiçosos etc.
Com 16 anos de idade, comprou uma viola e começou a cantar de improviso. Aos 20 anos de idade viajou para o Pará em companhia de um parente José Alexandre Montoril, que lá morava, onde passou cinco meses fazendo grande sucesso como cantador. De volta ao Ceará, regressou à Serra de Santana, onde continuou na mesma vida de pobre agricultor e cantador.
Casou-se com uma parenta, D. Belinha, com quem se tornou pai de nove filhos. Sua projeção em todo o Brasil se iniciou a partir da gravação de Triste Partida (1964), toada de retirante de sua autoria gravada por Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Teve inúmeros folhetos de cordel e poemas publicados em revistas e jornais e publicou Inspiração Nordestina (1956), Cantos de Patativa (1966).
Figueiredo Filho publicou seus poemas comentados em Patativa do Assaré (1970). Gravou seu primeiro LP Poemas e Canções (1979) uma produção do cantor e compositor cearense Fagner. Apresentou-se com o cantor Fagner no Festival de Verão do Guarujá (1981), período em que gravou seu segundo LP A Terra é Naturá, lançado também pela CBS. A política também foi tema da obra e de sua vida. Durante o regime militar, ele condenava os militares e chegou a ser perseguido.
Participou da campanha das Diretas-Já (1984) e publicou o poema Inleição Direta 84. No Ceará, sempre apoiou o governo de Tasso Jereissati (PSDB), a quem chamava de amigo. Ao completar 85 anos foi homenageado com o LP Patativa do Assaré - 85 Anos de Poesia (1994), com participação das duplas de repentistas Ivanildo Vila Nova e Geraldo Amâncio e Otacílio Batista e Oliveira de Panelas. Tido como fenômeno da poesia popular nordestina, com sua versificação límpida sobre temas como o homem sertanejo e a luta pela vida, seus livros foram traduzidos em diversos idiomas e tornaram-se temas de estudo na Sorbonne, na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regência do Professor Raymond Cantel.
Contava com orgulho que desde que começou a trabalhar na agricultura, nunca passou um ano sem botar a sua roçazinha, a não ser no ano em que foi ao Pará. Quase sem audição e cego desde o final dos anos 90, o grande e modesto poeta brasileiro, com apenas um metro e meio de altura, morreu em sua casa, em Assaré, interior do Ceará, a 623 quilômetros da capital estadual Fortaleza, aos 93 anos, após falência múltipla dos órgãos em conseqüência de uma pneumonia dupla, além de uma infecção na vesícula e de problemas renais, e foi enterrado no cemitério São João Batista, na sua cidade natal.
Outros livros importantes de sua autoria foram Inspiração nordestina, Cantos de Patativa, Rio de Janeiro (1967), Cante lá que eu canto cá, Filosofia de um trovador nordestino, Editora Vozes, Petrópolis (1978), Ispinho e Fulô, SCD, Fortaleza (1988) e Balceiro, SCD, Fortaleza (1991), Aqui tem coisa, Multigraf/ Editora, Secretaria da Cultura e Desporto do Estado do Ceará, Fortaleza (1994) e Cordéis, URCA, Universidade Regional do Cariri, Juazeiro do Norte. Sobre ele foram produzidos os filmes Patativa de Assaré, Um poeta camponês, curta-metragem documentário, Fortaleza, Brasil (1979) e Patativa do Assaré, Um poeta do povo, curta-metragem documentário, Fortaleza, Brasil (1984).
E vamo que Vamo.
EU QUERO.
Quero um chefe brasileiro
Fiel, firme e justiceiro
Capaz de nos proteger
Que do campo até à rua
O povo todo possua
O direito de viver
Quero paz e liberdade
Sossego e fraternidade
Na nossa pátria natal
Desde a cidade ao deserto
Quero o operário liberto
Da exploração patronal
Quero ver do Sul ao Norte
O nosso caboclo forte
Trocar a casa de palha
Por confortável guarida
Quero a terra dividida
Para quem nela trabalha
Eu quero o agregado isento
Do terrível sofrimento
Do maldito cativeiro
Quero ver o meu país
Rico, ditoso e feliz
Livre do jugo estrangeiro
A bem do nosso progresso
Quero o apoio do Congresso
Sobre uma reforma agrária
Que venha por sua vez
Libertar o camponês
Da situação precária
Finalmemte, meus senhores,
Quero ouvir entre os primores
Debaixo do céu de anil
As mais sonoras notas
Dos cantos dos patriotas
Cantando a paz do Brasil
Poeta popular e cantador repentista de viola nordestino nascido em Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município e a três léguas da cidade de Assaré, no Sul do Ceará, um dos maiores poetas populares do Brasil, retratista do árido universo da caatinga nordestina cuja obra foi registrada em folhetos de cordel, discos e livros.
Foi o segundo filho do modesto casal de agricultores Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva. Perdeu a vista direita, no período da dentição (1913), em conseqüência de uma moléstia vulgarmente conhecida por Dor-d'olhos. Aos oito anos, ficou órfão de pai e teve que trabalhar ao lado de meu irmão mais velho, para sustentar os mais novos.
Aos doze anos, freqüentou durante quatro meses sua primeira e única escola, onde, sem interromper o trabalho de agricultor e quase como um autodidadata, aprendeu a ler e escrever e se tornou apaixonado pela poesia. De treze para quatorze anos começou a fazer seus primeiros versinhos que serviam de graça para os vizinhos e conhecidos, pois o sentido de tais versos eram brincadeiras de noite de São João, testamentos do Judas, gozação aos preguiçosos etc.
Com 16 anos de idade, comprou uma viola e começou a cantar de improviso. Aos 20 anos de idade viajou para o Pará em companhia de um parente José Alexandre Montoril, que lá morava, onde passou cinco meses fazendo grande sucesso como cantador. De volta ao Ceará, regressou à Serra de Santana, onde continuou na mesma vida de pobre agricultor e cantador.
Casou-se com uma parenta, D. Belinha, com quem se tornou pai de nove filhos. Sua projeção em todo o Brasil se iniciou a partir da gravação de Triste Partida (1964), toada de retirante de sua autoria gravada por Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Teve inúmeros folhetos de cordel e poemas publicados em revistas e jornais e publicou Inspiração Nordestina (1956), Cantos de Patativa (1966).
Figueiredo Filho publicou seus poemas comentados em Patativa do Assaré (1970). Gravou seu primeiro LP Poemas e Canções (1979) uma produção do cantor e compositor cearense Fagner. Apresentou-se com o cantor Fagner no Festival de Verão do Guarujá (1981), período em que gravou seu segundo LP A Terra é Naturá, lançado também pela CBS. A política também foi tema da obra e de sua vida. Durante o regime militar, ele condenava os militares e chegou a ser perseguido.
Participou da campanha das Diretas-Já (1984) e publicou o poema Inleição Direta 84. No Ceará, sempre apoiou o governo de Tasso Jereissati (PSDB), a quem chamava de amigo. Ao completar 85 anos foi homenageado com o LP Patativa do Assaré - 85 Anos de Poesia (1994), com participação das duplas de repentistas Ivanildo Vila Nova e Geraldo Amâncio e Otacílio Batista e Oliveira de Panelas. Tido como fenômeno da poesia popular nordestina, com sua versificação límpida sobre temas como o homem sertanejo e a luta pela vida, seus livros foram traduzidos em diversos idiomas e tornaram-se temas de estudo na Sorbonne, na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regência do Professor Raymond Cantel.
Contava com orgulho que desde que começou a trabalhar na agricultura, nunca passou um ano sem botar a sua roçazinha, a não ser no ano em que foi ao Pará. Quase sem audição e cego desde o final dos anos 90, o grande e modesto poeta brasileiro, com apenas um metro e meio de altura, morreu em sua casa, em Assaré, interior do Ceará, a 623 quilômetros da capital estadual Fortaleza, aos 93 anos, após falência múltipla dos órgãos em conseqüência de uma pneumonia dupla, além de uma infecção na vesícula e de problemas renais, e foi enterrado no cemitério São João Batista, na sua cidade natal.
Outros livros importantes de sua autoria foram Inspiração nordestina, Cantos de Patativa, Rio de Janeiro (1967), Cante lá que eu canto cá, Filosofia de um trovador nordestino, Editora Vozes, Petrópolis (1978), Ispinho e Fulô, SCD, Fortaleza (1988) e Balceiro, SCD, Fortaleza (1991), Aqui tem coisa, Multigraf/ Editora, Secretaria da Cultura e Desporto do Estado do Ceará, Fortaleza (1994) e Cordéis, URCA, Universidade Regional do Cariri, Juazeiro do Norte. Sobre ele foram produzidos os filmes Patativa de Assaré, Um poeta camponês, curta-metragem documentário, Fortaleza, Brasil (1979) e Patativa do Assaré, Um poeta do povo, curta-metragem documentário, Fortaleza, Brasil (1984).
Poeta popular e cantador repentista de viola nordestino nascido em Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município e a três léguas da cidade de Assaré, no Sul do Ceará, um dos maiores poetas populares do Brasil, retratista do árido universo da caatinga nordestina cuja obra foi registrada em folhetos de cordel, discos e livros.
Foi o segundo filho do modesto casal de agricultores Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva. Perdeu a vista direita, no período da dentição (1913), em conseqüência de uma moléstia vulgarmente conhecida por Dor-d'olhos. Aos oito anos, ficou órfão de pai e teve que trabalhar ao lado de meu irmão mais velho, para sustentar os mais novos.
Aos doze anos, freqüentou durante quatro meses sua primeira e única escola, onde, sem interromper o trabalho de agricultor e quase como um autodidadata, aprendeu a ler e escrever e se tornou apaixonado pela poesia. De treze para quatorze anos começou a fazer seus primeiros versinhos que serviam de graça para os vizinhos e conhecidos, pois o sentido de tais versos eram brincadeiras de noite de São João, testamentos do Judas, gozação aos preguiçosos etc.
Com 16 anos de idade, comprou uma viola e começou a cantar de improviso. Aos 20 anos de idade viajou para o Pará em companhia de um parente José Alexandre Montoril, que lá morava, onde passou cinco meses fazendo grande sucesso como cantador. De volta ao Ceará, regressou à Serra de Santana, onde continuou na mesma vida de pobre agricultor e cantador.
Casou-se com uma parenta, D. Belinha, com quem se tornou pai de nove filhos. Sua projeção em todo o Brasil se iniciou a partir da gravação de Triste Partida (1964), toada de retirante de sua autoria gravada por Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Teve inúmeros folhetos de cordel e poemas publicados em revistas e jornais e publicou Inspiração Nordestina (1956), Cantos de Patativa (1966).
Figueiredo Filho publicou seus poemas comentados em Patativa do Assaré (1970). Gravou seu primeiro LP Poemas e Canções (1979) uma produção do cantor e compositor cearense Fagner. Apresentou-se com o cantor Fagner no Festival de Verão do Guarujá (1981), período em que gravou seu segundo LP A Terra é Naturá, lançado também pela CBS. A política também foi tema da obra e de sua vida. Durante o regime militar, ele condenava os militares e chegou a ser perseguido.
Participou da campanha das Diretas-Já (1984) e publicou o poema Inleição Direta 84. No Ceará, sempre apoiou o governo de Tasso Jereissati (PSDB), a quem chamava de amigo. Ao completar 85 anos foi homenageado com o LP Patativa do Assaré - 85 Anos de Poesia (1994), com participação das duplas de repentistas Ivanildo Vila Nova e Geraldo Amâncio e Otacílio Batista e Oliveira de Panelas. Tido como fenômeno da poesia popular nordestina, com sua versificação límpida sobre temas como o homem sertanejo e a luta pela vida, seus livros foram traduzidos em diversos idiomas e tornaram-se temas de estudo na Sorbonne, na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regência do Professor Raymond Cantel.
Contava com orgulho que desde que começou a trabalhar na agricultura, nunca passou um ano sem botar a sua roçazinha, a não ser no ano em que foi ao Pará. Quase sem audição e cego desde o final dos anos 90, o grande e modesto poeta brasileiro, com apenas um metro e meio de altura, morreu em sua casa, em Assaré, interior do Ceará, a 623 quilômetros da capital estadual Fortaleza, aos 93 anos, após falência múltipla dos órgãos em conseqüência de uma pneumonia dupla, além de uma infecção na vesícula e de problemas renais, e foi enterrado no cemitério São João Batista, na sua cidade natal.
Outros livros importantes de sua autoria foram Inspiração nordestina, Cantos de Patativa, Rio de Janeiro (1967), Cante lá que eu canto cá, Filosofia de um trovador nordestino, Editora Vozes, Petrópolis (1978), Ispinho e Fulô, SCD, Fortaleza (1988) e Balceiro, SCD, Fortaleza (1991), Aqui tem coisa, Multigraf/ Editora, Secretaria da Cultura e Desporto do Estado do Ceará, Fortaleza (1994) e Cordéis, URCA, Universidade Regional do Cariri, Juazeiro do Norte. Sobre ele foram produzidos os filmes Patativa de Assaré, Um poeta camponês, curta-metragem documentário, Fortaleza, Brasil (1979) e Patativa do Assaré, Um poeta do povo, curta-metragem documentário, Fortaleza, Brasil (1984).
sexta-feira, 5 de junho de 2009
BORA POVO!!!
`` A vioLência contra a mulher não é um fenomeno novo, sempre existiu...´´
MARIANA KARILENA.
violência contra a mulher e a lei Maria da Penha.
É nitido a grande resistência ao crescimento da presença feminina em nossa sociedade,como tambêm a forte onda de violência contra as mulheres. este tema tem ocupado um grande espaço para discursão em nosso meio. E para entendermos melhor este assunto, convidamos para o bora povo Mariana Karilena, estudante de Jornalismo e Integrante do Coletivo de Jovens Feministas desde 2005. A entrevista que segue desafia a todos juntos desconstruir este grave ciclo de violência em nosso meio, e vamos nós!!!
1- Você participou de uma ação que produziu um vídeo sobre a lei Maria da Penha, com o objetivo de desmistificar e esclarecer o tema da violência contra a mulher. Como foi este projeto? e o que te levou a este caminho?
O projeto foi “O impacto da Lei Maria da Penha na vida das jovens mulheres periféricas da Região Metropolitana de Recife”, este vídeo foi desenvolvido pelo o grupo no qual faço parte o Coletivo de Jovens Feministas, o vídeo foi apoiado pelo Fundo Ângela Borba do Rio de Janeiro. Este projeto teve como mote um dossiê produzido pelo Observatório de Violência contra a Mulher, onde foram elencados os cinco bairros tidos como os mais violentos com relação a violência contra a mulher, foram eles, Ibura, Iputinga, Casa Amarela, Nova Descoberta e Santo Amaro. Visitamos esses bairros pegando os depoimentos das pessoas com relação ao impacto da Lei Maria da Penha. O resultado foi o vídeo com uma duração de 25 minutos, como desdobramento desta produção foram aplicadas oficinas nas cincos escolas Municipais localizadas nos cinco bairros elencados, exceto em Santo Amaro, pois o critério para as oficinas eram em escolas da 5° a 8° Série do Ensino Fundamental II. Foram as Escolas Municipais: Cícero Franklin (Ibura), Costa Porto (Coque), Poeta Joaquim Cardoso (Nova Descoberta), João XIII (Iputinga).
O que me levou, não só a mim, mas a todo o Coletivo de Jovens Feministas foi de fato a problemática da Violência contra a Mulher e a vontade desmistificar este tema, tendo como gancho a Lei Maria da Penha, pois esta temática é uma bandeira de luta dentro do Movimento Feminista.
2- É nítido o crescimento da violência contra a mulher a cada ano que passa. O que causa tudo isso na sua opinião? Porque as mulheres são vítimas?
Na realidade a violência contra a mulher não um fenômeno novo, sempre existiu, mas as discussões saíram do campo privado, ou seja, de dentro das casas e se tornaram público, graças também ao movimento feminista. Não existe uma causa palpável, o que existe é uma desigualdade de gênero dentro da sociedade, são normas sociais onde a mulher ocupa um lugar muito mais inferior ao do homem dentro da sociedade. Por esta desigualdade estabelecida dentro do nosso processo cultural, faz com que a violência se legitime principalmente dentro do campo privado.
3- Pernambuco é ainda o estado mais violento contra as mulheres? Quais são os dados atuais desta violência em nosso estado?
Segundo o dossiê o Estado onde se matam mais mulheres é Espírito Santo, mas outros fatores influenciam, pois nem sempre os homicídios acontecem na passionalidade, ou seja, quando a vítima conhece o agressor. Atualmente cerca de 121 mulheres foram assassinadas em Pernambuco, segundo este blog: tanianienkotterrocha.blogspot.com.
4- Falamos de violência física, mas e a violência verbal e moral. Algo que acredito ser difícil de superar e praticamente impossível de se prevenir. Como lidar com isso?você não acha que a mulher é mais vitima neste tipo de violência?
De fato nós mulheres somos mais vítimas deste tipo de agressão e muitas vezes nem é cometida por um agressor real, pois a mídia no bombardeia o tempo todo colocando as mulheres em diversas situações humilhantes e até mesmo a “coisificando” (este termo é geralmente atribuído quando se veicula a imagem de mulheres a produtos) e isto sim são agressões verbais e morais.
Acredito que o Movimento Feminista seja um espaço autônomo onde as mulheres podem se fortalecer, pois o empoderamento de direitos e um Estado que garanta uma punição ao agressor poderá transformar esta situação de vulnerabilidade no qual ela se encontra.
5- Ainda sobre a questão da violência moral. O que é feito contra este tipo de violência? a lei Maria da Penha serve para este tipo de agressão?
A Lei Maria da Penha é um crime de gênero e não pune a agressão física a mulher, por exemplo, se ela se sentir ameaçada pelo agressor ela pode procurar a Delegacia da Mulher e dar entrada no Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) e pedir o afastamento do agressor de sua residência ou até mesmo de sua casa. Caso a mulher já venha sendo agredida e ameaçada ela pode pedir uma Medida Protetiva, aonde vai a encaminhar a uma Casa Abrigo, aqui em Recife temos a Casa de Apoio Clarice Lispector e um Olinda o Centro Márcia Drangremond, além de uma outra casa cujo endereço não pode ser divulgado por uma medida de segurança das vítimas.
6- Claro que as mulheres são as principais vitimas nesta onda de violência, mas partindo para uma visão maior em relação a nossa sociedade , você concorda que todos perdem de uma forma direta e indireta?
Concordo plenamente, quando há violência principalmente dentro de casa a família toda sai perdendo. A violência é um fenômeno onde todos e todas saem perdendo. Precisamos pensar e desconstruir estes ciclos de violência para tentar juntos e juntas construirmos uma sociedade mais justa igualitária e longe de todas as formas de violência.
MARIANA KARILENA.
violência contra a mulher e a lei Maria da Penha.
É nitido a grande resistência ao crescimento da presença feminina em nossa sociedade,como tambêm a forte onda de violência contra as mulheres. este tema tem ocupado um grande espaço para discursão em nosso meio. E para entendermos melhor este assunto, convidamos para o bora povo Mariana Karilena, estudante de Jornalismo e Integrante do Coletivo de Jovens Feministas desde 2005. A entrevista que segue desafia a todos juntos desconstruir este grave ciclo de violência em nosso meio, e vamos nós!!!
1- Você participou de uma ação que produziu um vídeo sobre a lei Maria da Penha, com o objetivo de desmistificar e esclarecer o tema da violência contra a mulher. Como foi este projeto? e o que te levou a este caminho?
O projeto foi “O impacto da Lei Maria da Penha na vida das jovens mulheres periféricas da Região Metropolitana de Recife”, este vídeo foi desenvolvido pelo o grupo no qual faço parte o Coletivo de Jovens Feministas, o vídeo foi apoiado pelo Fundo Ângela Borba do Rio de Janeiro. Este projeto teve como mote um dossiê produzido pelo Observatório de Violência contra a Mulher, onde foram elencados os cinco bairros tidos como os mais violentos com relação a violência contra a mulher, foram eles, Ibura, Iputinga, Casa Amarela, Nova Descoberta e Santo Amaro. Visitamos esses bairros pegando os depoimentos das pessoas com relação ao impacto da Lei Maria da Penha. O resultado foi o vídeo com uma duração de 25 minutos, como desdobramento desta produção foram aplicadas oficinas nas cincos escolas Municipais localizadas nos cinco bairros elencados, exceto em Santo Amaro, pois o critério para as oficinas eram em escolas da 5° a 8° Série do Ensino Fundamental II. Foram as Escolas Municipais: Cícero Franklin (Ibura), Costa Porto (Coque), Poeta Joaquim Cardoso (Nova Descoberta), João XIII (Iputinga).
O que me levou, não só a mim, mas a todo o Coletivo de Jovens Feministas foi de fato a problemática da Violência contra a Mulher e a vontade desmistificar este tema, tendo como gancho a Lei Maria da Penha, pois esta temática é uma bandeira de luta dentro do Movimento Feminista.
2- É nítido o crescimento da violência contra a mulher a cada ano que passa. O que causa tudo isso na sua opinião? Porque as mulheres são vítimas?
Na realidade a violência contra a mulher não um fenômeno novo, sempre existiu, mas as discussões saíram do campo privado, ou seja, de dentro das casas e se tornaram público, graças também ao movimento feminista. Não existe uma causa palpável, o que existe é uma desigualdade de gênero dentro da sociedade, são normas sociais onde a mulher ocupa um lugar muito mais inferior ao do homem dentro da sociedade. Por esta desigualdade estabelecida dentro do nosso processo cultural, faz com que a violência se legitime principalmente dentro do campo privado.
3- Pernambuco é ainda o estado mais violento contra as mulheres? Quais são os dados atuais desta violência em nosso estado?
Segundo o dossiê o Estado onde se matam mais mulheres é Espírito Santo, mas outros fatores influenciam, pois nem sempre os homicídios acontecem na passionalidade, ou seja, quando a vítima conhece o agressor. Atualmente cerca de 121 mulheres foram assassinadas em Pernambuco, segundo este blog: tanianienkotterrocha.blogspot.com.
4- Falamos de violência física, mas e a violência verbal e moral. Algo que acredito ser difícil de superar e praticamente impossível de se prevenir. Como lidar com isso?você não acha que a mulher é mais vitima neste tipo de violência?
De fato nós mulheres somos mais vítimas deste tipo de agressão e muitas vezes nem é cometida por um agressor real, pois a mídia no bombardeia o tempo todo colocando as mulheres em diversas situações humilhantes e até mesmo a “coisificando” (este termo é geralmente atribuído quando se veicula a imagem de mulheres a produtos) e isto sim são agressões verbais e morais.
Acredito que o Movimento Feminista seja um espaço autônomo onde as mulheres podem se fortalecer, pois o empoderamento de direitos e um Estado que garanta uma punição ao agressor poderá transformar esta situação de vulnerabilidade no qual ela se encontra.
5- Ainda sobre a questão da violência moral. O que é feito contra este tipo de violência? a lei Maria da Penha serve para este tipo de agressão?
A Lei Maria da Penha é um crime de gênero e não pune a agressão física a mulher, por exemplo, se ela se sentir ameaçada pelo agressor ela pode procurar a Delegacia da Mulher e dar entrada no Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) e pedir o afastamento do agressor de sua residência ou até mesmo de sua casa. Caso a mulher já venha sendo agredida e ameaçada ela pode pedir uma Medida Protetiva, aonde vai a encaminhar a uma Casa Abrigo, aqui em Recife temos a Casa de Apoio Clarice Lispector e um Olinda o Centro Márcia Drangremond, além de uma outra casa cujo endereço não pode ser divulgado por uma medida de segurança das vítimas.
6- Claro que as mulheres são as principais vitimas nesta onda de violência, mas partindo para uma visão maior em relação a nossa sociedade , você concorda que todos perdem de uma forma direta e indireta?
Concordo plenamente, quando há violência principalmente dentro de casa a família toda sai perdendo. A violência é um fenômeno onde todos e todas saem perdendo. Precisamos pensar e desconstruir estes ciclos de violência para tentar juntos e juntas construirmos uma sociedade mais justa igualitária e longe de todas as formas de violência.
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